domingo, 27 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Fogo suspende serviço da Oi na Bahia e mais cinco estados
PREJUÍZO - Chamas no Itaigara causaram pane nos serviços de telefonia fixa, móvel e internet também em Sergipe, Alagoas, Piauí, Pernambuco e Maranhão
Por Arivaldo Silva*
Foto: Edson Ruiz / Ag. Folhapress
Durante boa parte do dia de ontem, uma fumaça escura e densa passou a fazer parte do ambiente no entorno do prédio da operadora telefônica Oi, na Avenida Antônio Carlos Magalhães, bairro do Itaigara.
Um incêndio começou por volta das 10h e não foi controlado até o fechamento desta edição, apesar dos esforços dos bombeiros. Vidros das janelas foram quebrados para facilitar o trabalho, mas a fumaça só aumentava.
Moradores do bairro procuraram informações sobre a falha nos serviços de telefonia causada pelo incidente, mas não obtiveram nenhuma resposta da operadora. O incidente comprometeu serviços de telefonia e internet oferecidos pela operadora na Bahia, Sergipe e gerou dificuldades de telefonia móvel em regiões de Pernambuco, Alagoas, Piauí e Maranhão.
No portão principal do prédio, foi colocado o seguinte comunicado: “Desculpem-nos. Sistema fora do ar. Sem previsão de retorno. Em caso de dúvidas, ligar para103 31 ou procurar as lojas do Campo da Pólvora ou Comércio”. A reportagem de A TARDE tentou falar coma Oi pelo telefone informado, sem obter sucesso.
As chamas começaram no 2º andar do prédio de três pavimentos, vizinho ao Hotel Fiesta, provavelmente na sala de baterias, e se espalharam rapidamente. Cinco veículos do Corpo de Bombeiros e duas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram deslocados ao local.
Após passarem mal por inalar fumaça tóxica, quatro bombeiros foram encaminhados ao Hospital Geral do Estado – e mais dois foram atendidos no local, com sinais de exaustão.
De acordo com o coronel Nelson Vasconcelos, subcomandante do Grupamento de Bombeiros Militares, os trabalhos iriam continuar até que o foco do incêndio fosse localizado. “O fogo está concentrado no sistema de cabeamento. Precisamos encontrar o melhor acesso para combater e debelar as chamas”, afirmou o oficial.
Nota - Em nota, só divulgada no início da noite, a Oi informou que a “companhia ainda avalia a extensão da base de clientes afetada” e que “o restabelecimento dos serviços ocorrerá de forma gradual, com prioridade para serviços de emergência”.
Uma fonte ligada aos Bombeiros, que não quis se identificar, afirmou que o prédio não dispõe de um sistema seguro de exaustão: “A fumaça ali não se dissipa porque eles não têm um exaustor, que é um item de segurança muito importante”.
No início da noite, um caminhão chegou ao local levando um gerador de energia e um sistema de exaustão portátil, com o objetivo de dissipar a fumaça tóxica.
Prejudicados - Ralph Fernandes, 53,morador do Itaigara, sentiu o cheiro de queimado no início da manhã e foi até a Oi saber quando voltaria a usar a internet e os telefones. “Fui muito afetado com a interrupção dos serviços”, reclamou Fernandes.
O gerente do Hotel Fiesta Bahia, Carlos Pugliese, contabiliza prejuízos. “Não conseguimos confirmar várias reservas. Usamos outra operadora, mas com certeza teremos perdas por ficarmos impossibilitados de falar com nossos clientes. Essa falta de comunicação é um absurdo”, queixou-se Pugliese.
* Colaborou Fábio Bitencourt
*Matéria de capa, publicada no dia 22/12/2010, página A4, do jornal A Tarde.
Quadrilha interestadual é presa ao tentar roubar hipermercado em Salvador
Por Arivaldo Silva*
Fotos: Mila Cordeiro / Ag. A TARDE
VIOLÊNCIA - Menino é atropelado na tentativa de fuga frustrada por militares
A manhã de ontem foi de pânico e correria para os clientes que estavam no hipermercado Extra da Avenida Vasco da Gama. Uma quadrilha interestadual de ladrões, composta por três homens e duas mulheres, foi presa por policiais da 41ª Companhia Independente da Polícia Militar com equipamentos eletrônicos furtados no estabelecimento na noite de sexta-feira.
Os criminosos voltaram para tentar um novo roubo na manhã de ontem, quando foram surpreendidos. Na sexta à noite, eles entraram no hipermercado como clientes comuns, levaram quatro computadores e um monitor LCD escondidos em sacos e saíram sem chamar a atenção dos funcionários e seguranças do local. O maior erro da quadrilha foi considerar o local fácil para outra ação criminosa.
Circuito - Depois de serem identificados pelo circuito interno de TV, ontem pela manhã, a administração acionou a PM, que perseguiu o grupo e conseguiu prendê-lo.
Os maranheses Roseane Nunes da Silva, 34 anos, Rita das Graças Costa, 47, Eduardo dos Reis Vasconcelos, 60, Carlos Magno Costa Cuprim, 38, e o paulista Adailton Alvino de Almeida (motorista do VW Golf HPT-0431 usado na fuga) tentaram escapar. Os militares dispararam vários tiros contra o veículo e conseguiram pará-lo. O veículo acabou derrubando uma câmera de segurança do estacionamento do Extra.
Uma criança de 11 anos foi atropelada pelos bandidos e levada ao Hospital Geral do Estado (HGE), onde foi liberada no início da tarde com escoriações nas pernas. Os bandidos presos e os equipamentos roubados, que estavam no veículo, foram encaminhados à 6ª CP, localizada na Ladeira dos Galés, bairro de Brotas.
Adolescente - Uma adolescente de 15 anos foi baleada em Jardim Armação na noite de sexta-feira. De acordo com a Central de Telecomunicações das Polícias Civil e Militar (Centel), Bianca Rodrigues Pinheiro sofreu uma tentativa de latrocínio. Ela foi ferida depois de ter o celular roubado. Bianca foi conduzida para o Hospital Roberto Santos.
*Matéria publicada no dia 12/12/2010, na página A9, do jornal A Tarde
Estado e sociedade lutam contra o preconceito e a intolerância religiosa
Por Arivaldo Silva*
O vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Bahia (OAB-BA), Antônio Menezes, lembra que, quando a religião oficial do País era a católica, os praticantes do candomblé e os protestantes (como eram chamados os evangélicos) eram perseguidos com o aval do próprio estado. “As pessoas só podiam professar outras religiões no País se fosse no âmbito particular. Hoje, sob certos aspectos, vemos uma situação parecida. Os ofendidos podem procurar a comissão de direitos humanos da OAB para denunciar”, esclarece Menezes.