Os proprietários de barracas de praia do Flamengo e Itapuã estão apreensivos com a possibilidade de demolição dos seus locais de trabalho pela Prefeitura de Salvador. O prazo dado pela Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom) para os donos de barracas apresentarem alvará de funcionamento e laudo de regularização da Vigilância Sanitária já encerrou.
Uma audiência pública para discutir o projeto de revitalização da orla de Salvador marcada para acontecer no dia 2 de junho, na Justiça Federal, em Sussuarana, foi adiada para o dia 16 de setembro, às 14h, devido a greve dos servidores do judiciário.
Para Juvenal Silva Souza (foto), 66 anos, proprietário da Barraca do Juvená há aproximadamente 30 anos, a notificação da Sucom vem trazendo medo aos barraqueiros da região."Me sinto impotente. Tenho os documentos solicitados pela Prefeitura, mas estou com os nervos à flor da pele com toda essa situação", assinala o comerciante.
O superintendente da Sucom, Cláudio Silva afirma que a nova fase de demolições das barracas de praia depende de outra decisão do juiz da 13ª Vara Federal da Fazenda Pública , Carlos Dávila. "No processo em que o juiz determinou a demolição das barracas, ele já pode autorizar novas demolições e está fazendo agora uma coleta de dados para isso. Mandamos para a Justiça uma série de informações sobre as barracas, para que o juiz possa decidir para continuarmos com o processo de demolição", afirma Cláudio Silva.
Ainda de acordo com o superintendente da Sucom, a previsão é de que a revitalização da orla deve estar concluída até o próximo verão. Em maio, a Prefeitura de Salvador demoliu 89 barracas das praias do Jardim de Alah, Boca do Rio, Jaguaribe e Piatã. Equipamentos e mercadorias das barracas foram retirados às pressas, e em alguns locais houve resistência.
Fotos - Arivaldo Silva
Matéria publicada no Portal da Metrópole - 03/06/2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário